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o bonsai japonês

 

bonsai japonês

 

Hoje em dia o bonsai é muito popular e é frequente estar presente em muitas casas,em apartamentos com terraço ou pequeno balcão. Mas apesar de ser mundialmente conhecido não há dúvida que o top em bonsai está reservado ao Japão.

 

O bonsai japonês é o ex-libris na arte do bonsai.


 

O bonsai é originário da China. Pun-Sai na época dos Tsin no século III  A.C.

No período Kamakura de 1185 a 1333,o bonsai foi desenvolvido por religiosos budistas.

Depois, muitas escolas nasceram, cada uma com estilos e pensamentos diferentes.

No Japão foi a partir do século VI que se começa pela primeira vez a falar de bonsai.

Em Japonês quer dizer árvore criada num prato.

 

A arte do bonsai é a réplica duma árvore na natureza.

 P´en Tsai em chinês, são árvores retiradas da natureza e plantadas em vasos pintados à mão. É no século XIX que aparece na Europa, na exposição universal em Paris em 1878 e na exposição em Londres em 1909.

Consegue-se com a poda das raízes e dos ramos e a ligadura dos ramos com arame de alumínio anodizado ou de cobre.

Podemos semear sementes de árvores ou plantas e criá-los em vasos pequenos.

Também é possível conseguir um bonsai a partir de estacas, enxertos e plantas de Viveiro.


 

Na europa as principais espécies de referência em bonsai japonês são os áceres, os pinus, a cerejeira japonesa e o juniperus chinensis itoïgawa.

 

 

Bonsai acer buergerianum:

 

Deve o nome ao senhor Heinrich Buerger, colector no Japão para o governo holandês e ao latino acer que quer dizer duro, devido à rigidez da sua madeira. 

Casca cinzenta lisa com ligeiras manchas alaranjadas.

Folhas trilobadas com 3 veias bem delimitadas em cada lóbulo. Magnífica cor amarelo dourado no outono.

Frutos com asas, de 1.5 cm a 2.5 cm, verde a vermelho acastanhado quando maduros.

Multiplicação por sementeira, estacas ou enxertos.

acer buergerianum iberbonsai

Alguns dos bonsais acer buergerianum mais conhecidos:

bonsai acer buergerianum Koshi miyasama, folha verde no verão e vermelho brilhante no outono.

bonsai acer buergerianum goshiki kosode, folha rosa-alaranjada na primavera e amarelo laranja avermelhado no outono.

bonsai acer buergerianum Hanachiru sato, com folha rosa pálido na primavera e vermelho no outono.

bonsai acer buergerianum Hime kaede, folha bronze esverdeado, vermelho alaranjado em fim de estação.

bonsai acer buergerianum Joroku aka me, folha verde azeitona na primavera e amarelo alaranjado no outono.

bonsai acer buergerianum Kifu nishiki, folha verde escuro no início e vermelho alaranjado no outono.

bonsai acer buergerianum Goshiki kaede, folha verde claro misturado com rosa na primavera e amarelo alaranjado a vermelho no outono.

bonsai acer buergerianum Mino yatsubusa, verde escuro com tonalidade de cobre no outono. Folha comprida.

bonsai acer buergerianum Mitsuba to kaede, folha verde brilhante no início e amarelo vif no outono.

O bonsai acer buergerianum é uma árvore de crescimento rápido e de folha caduca. 

É muito apreciado pela sua folha pequena e com très "dentes", daí ser mais conhecido pelo nome de acer tridente, folha com espectaculares tonalidades no outono que vão do amarelo passando pelo laranja, vermelho, bronze, cobre.

O bonsai acer palmatum é uma das espécies favoritas dos apaixonados do bonsai, muito apreciado pelas formas e cores originais.

 Ao contrário do acer buergerianum cuja folha só tem 3 lóbulos (tridente), conforme a variedade ou cultivar, o acer palmatum tem de 5 a 7 lóbulos (pontas).

 

É o bonsai mais tradicional numa colecção, é originário do Japão (em japonês o acer palmatum chama-se YAMA MOMIJI) é de folha caduca e a sua ramificação também é de uma excepcional delicadeza o que permite apreciar a estrutura da árvore no inverno.

Encontrámos várias centenas de variedades e cultivares de acer palmatum com a mesma particularidade de possuir folhas verdes (ou vermelho vivo no caso do acer palmatum  deshojo) no início da primavera e sendo substituídas pela esplêndida coloração amarelo alaranjado até ao vermelho escuro no outono.

É um verdadeiro espectáculo de cores no fim do verão, que faz o encanto dos possuidores de bonsai acer palmatum e que perdura até bem perto do Natal consoante a região e as condições climatéricas do ano.

 

Os áceres palmatum mais utilizados em bonsai: 

 

bonsai acer palmatum atropurpureum:

 

É o acer palmatum que mantém sempre as suas folhas vermelho escuro e um pouco maiores que os demais, podendo mudar ligeiramente de tonalidade no outono.

O acer palmatum atropurpureum não tolera muito bem a desfolhação, é muito mais comum no mundo do bonsai encontrar o acer palmatum deshojo por apresentar folhas mais pequenas.

Multiplicação por estacas.

Curiosidade: as sementes de acer palmatum atropurpureum podem gerar plantas com folhas vermelhas assim como folhas verdes.

 

folha de acer palmatum deshojo iberbonsai

 

bonsai acer palmatum deshojo:

 

É o acer mais utilizado em bonsai a seguir ao acer buergerianum.

Em japonês shojo quer dizer orangotango ou macaco de face vermelha.

O ponto forte deste acer reside na sua folhagem vermelho cor de sangue no início da brotação na primavera, cor emblemática do acer palmatum deshojo, passando a verde no verão e vermelho alaranjado no outono.

Durante a época de crescimento, as novas folhas nascem sempre vermelhas para mais tarde, ficarem verdes.

O acer palmatum deshojo requer uma certa protecção durante o verão com uma rede de sombra, é muito sensível ao vento e às queimaduras solares e não tolera o excesso de humidade, pelo contrário aprecia um curto período de seca.

 

bonsai acer palmatum arakawa:

 

Esta variedade de acer tem um crescimento muito vigoroso, arakawa em japonês quer dizer casca rugosa, a particularidade deste acer está na sua casca parecida com cortiça.

Enquanto jovem, a casca é verde ficando marmorizada de cinza ao envelhecer, a passagem de verde para cinza é sinal de maturidade.

A casca parecida com cortiça aparece perto dos cinco a seis anos de idade, sendo cada vez mais preeminente a cada ano se tiver as condições adequadas de cultivo.

 

bonsai acer palmatum shishigashira:

 

É conhecido por cabeça de leão graças às suas lindíssimas folhas frisadas e muito recortadas, de cor verde brilhante que se mantém até ao outono, assim como a sua fascinante e muito delicada floração. 

Os seus ramos apresentam uma interessante arquitetura, o que o torna uma excelente escolha para bonsai.

 

bonsai acer palmatum kiyohime:

Acer de pequeno porte, talvez o mais pequeno dos aceres palmatum, com ramificação corpulenta e pequenas folhas de três a quatro centímetros, com cinco lóbulos e com a seguinte particularidade: o bordo da folha que é verde na primavera passa a amarelo alaranjado no fim do verão e outono.

Cultivar de muito difícil manuseamento, sobretudo na aramação por ter ramos frágeis e quebradiços.

Cuidado também para não desestruturar a copa, o acer palmatum kiyohime não costuma reconstruir o ápice com facilidade.

 

bonsai acer palmatum katsura:

 

folha de acer palmatum katsura iberbonsai

 

Impressionante pela sua tonalidade laranja brilhante na primavera e amarelo dourado no outono, o bonsai acer palmatum katsura tem o seu lugar numa colecção de bonsai, destacando-se pela sua folhagem notória com folhas de três centímetros e espaço entre-nós muito reduzido, o que facilita o seu tratamento como bonsai.

De fácil manutenção, pode ficar exposto ao sol directo, mas é preferível colocar alguma sombra nas horas mais quentes de verão para manter as suas belas tonalidades.

Mesmo sendo muito vigoroso, não necessita de podas regulares, mas sim de uma boa poda de formação durante o período de repouso.

 

 

bonsai acer palmatum yamamomiji:

 Este acer é notável pelo seu crescimento rápido e pelas suas sensacionais cores, as folhas verdes com as extremidades laranjas na primavera, passam a amarelo-laranja-vermelho vivo no outono.

A acrescentar também que as folhas do acer palmatum yamamomiji são naturalmente pequenas.


 

O bonsai pinus:

 

bonsai pinus thumbergii iberbonsai 22096

o bonsai pinus thunbergii ou pinus nigra é um símbolo do bonsai japonês! 

Origem: o bonsai pinus thunbergii é originário do Japão e Coreia e deve o seu nome ao Botanista Sueco Carl Peter Thunberg.

Apresenta um tronco acinzentado ou cor-de-rosa purpúreo escuro fortemente rachado. de cor negra nos exemplares mais velhos e casca muito grossa tipo cortiça no cultivar pinus thunbergii corticosa.

O bonsai pinus thunbergii é mais conhecido por pinus negro ou pinus nigra.

Características:

Com agulhas de sete a quinze centímetros de comprimento, rígidas, pontiagudas e sempre aos pares, o bonsai Pinus Thunbergii tal como os outros bonsais Pinus é uma conífera, gosta de uma localização ao sol e tem um crescimento muito vigoroso.

De desenvolvimento rápido e de fácil cultivo, mas com agulhas que podem alcançar mais de dez centímetros de comprimento, muito grossas e fortes, de cor verde escuro e agrupadas em pares que felizmente conseguimos reduzir no tempo com pinçagem regular.

As pequenas flores que aparecem na primavera nos brotos novos são de cor amarelo e vermelho.

É importante respeitar as estações do ano, o bonsai pinus deverá sofrer os rigores do inverno para poder despertar na primavera, caso contrário e com clima mais ameno e sem um período de frio, poderá brotar mais cedo provocando danos e enfraquecer  o bonsai.

 

bonsai pinus pentaphylla iberbonsai

Bonsai pinus pentaphylla ou pinheiro branco japonês, é mais um autêntico bonsai japonês.

Pinheiro de cinco agulhas – é um bonsai de exterior originário do Japão e da Coreia

 

O pinus pentaphylla não é uma espécie, mas uma variedade da espécie Pinus parviflora que cresce nas ilhas japonesas a partir de 1.500 metros.

De crescimento muito lento, gosta de sol mas necessita de alguma sombra no verão, particularmente entre o meio-dia e o fim da tarde.  Bonsai de grande longevidade e agulhas fáceis de reduzir com o tempo, de côr verde azulado.

De crescimento muito lento o bonsai pinus pentaphylla é um ícone numa colecção de bonsais. 

Pinus com agulhas agrupadas por cinco, origem do nome Pinus de cinco agulhas, de comprimento variável e de um verde intenso mais ou menos azulado. De uma elegância extrema e de fácil estruturação com podas acertadas para formar patamares regulares.

Agulhas fáceis de reduzir também com o tempo.

O bonsai pinus pentaphylla proveniente do Japão é enxertado no pinus thumbergii e é preciso ter muito cuidado na hora de escolher para encontrar um bonsai com o ponto de enxerto o mais baixo possível e sobretudo o mais discreto possível.

O tronco do bonsai pinus thumbergii, neste caso o porta-enxerto, apresenta sempre uma casca muito grossa e enrugada, ao contrário do bonsai pinus pentaphylla que apresenta uma casca mais lisa, portanto quanto mais baixo ficar o enxerto, mais probabilidade terá o pinus de ficar perfeito com os anos.

 

O bonsai pinus pentaphylla não gosta de variações muito bruscas de temperatura, è recomendado proteger as raízes do gelo no inverno.

Também não gosta do excesso de humidade no torrão, as agulhas podem ficam amarelas: regar com moderação.

Não é indicado pulverizar a folhagem, pode provocar aparecimento de fungos ou doenças.

 

Bonsai juniperus chinensis itoïgawa.

É a estrela dos bonsais, muito raro porque há muito tempo que é proibido a sua recolha no meio natural e desde então a única possibilidade de obter um juniperus chinensis itoïgawa é a partir da reprodução por estaca.

O bonsai Juniperus chinensis é originário do nordeste asiático e existem um grande número de variedades, mais de cinquenta, híbridos, cultivares e clones.

O juniperus chinensis itoïgawa é originário do Japão e consequentemente um bonsai japonês.

Itoigawa é o nome de uma cidade no Japão, no norte da ilha de Honshu, na costa do mar do Japão na província de Niigata.

Esta variedade encontra-se na natureza e no estado selvagem apenas nas encostas dos montes Myôjô e Kurohime a mais de 1000 metros de altitude.

Já não há no habitat natural. Os exemplares que podemos encontrar no mercado são originários de produtores que fazem multiplicação por estaca do Itoigawa a partir dos restos de poda.

A particularidade do juniperus chinensis itoigawa reside na sua folhagem muito fina com delicadas escamas de um verde suave e tolera muito bem a poda e sucessivas pinçagens. É por tudo isto a estrela dos bonsais.


 

Cerejeira do Japão:

No Japão todos os anos à lugar ao hanani, uma tradição ancestral onde as pessoas se sentam no chão para beber chá e contemplar a natureza e as flores da sakura.

Diz o buddhismo que todas as coisas e todos os fenômenos sofrem  mudanças constantes daí a necessidade de não nos prendermos a eles.

Sakura é a palavra japonesa que corresponde à cerejeira do Japão e às suas flores, cujo simbolismo é a sua beleza efémera.

A sakura ou cerejeira japonesa, representa para o povo japonês, a fragilidade assim como a fugacidade da vida, cada pessoa tenta apreciar cada momento da vida.

A sakura é um amuleto da sorte e é também um emblema de amor, afeição e representa a primavera.

 

Existem numerosas variedades de cerejeiras do japão, fala-se em mais de quinhentas, as tonalidade das flores podem variar do branco puro até um rosa escuro, passando pelo amarelo mais ou menos intenso,  mas a mais conhecida no Japão é a sakura somei yoshino, cerejeira branca com ligeira tonalidade de rosa e com cinco pétalas.

A floração da sakura é muito repentina e nunca ultrapassa as duas semanas. 

A flor da sakura ou prunus serrulata é inodora.


 

Nota:

A cerejeira do Japão ou prunus serrulata  produz pequenos frutos mas em quantidades menores que as outras cerejeiras.

a sakura - cerejeira japonesa - e o bonsai japonês

A esplêndida e majestosa floração e as suas folhas de tamanho médio permitem obter um bonsai de sakura digno e valioso, mas mais ainda se nascerem frutos.

 

 

 

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